sexta-feira, 18 de abril de 2008

Sangue

Sangue!
Tenho visto apenas sangue, cotidianamente, maldita era dos derramamentos,
dos laivos, dos miolos...


Talvez seja (e que não seja!) no âmago da violência humana
Um regozijo
Um belo e jocoso prazer mundano.
O aplauso das multidões.


E a mídia, como na Grécia,
Nos presenteia com o miolo diário,
Com os rios de línguas frias
Com cadáveres na hora do almoço
Num festim deplorável.


Enquanto as benditas crianças indagam
Sobre o por quê de tanta morte
de tantos amigos e parentes mortos
Sobre a cova dos pais de filisteus e abutres governamentais.
Crianças caem de prédios simbólicos e abstratos.


Enquanto escutamos o tilintar de crânios batendo
Sobre o chão.


Thymochenko Cabral
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A louca.

Bolhas de pedras nos meus olhos enquanto
Ela estava ali, coitada, encapsulando um sonho!
Caindo, caindo, cinamomo súbito, coral
Em suas constelações de Minerva, Ela estava ali!
Corrompida pelo relógio do tempo,
Fluxo expirado, olho extirpado da percepção.
As luas meditam em seu olhar metrópole
Partindo, vendendo a minha comoção.


Bêbada como um monstro esquecido
A louca enfurece a multidão com seu corpo nu
Vendendo ouro
Bebendo o sangue dos bueiros.


Fria
Na comoção do desvario humano!
Sublime
Na conspiração idiota da vida!



Thymochenko Cabral.

terça-feira, 8 de abril de 2008

O Poeta humano.

O Poeta humano.

Tudo que vivi era um Deus, até estranho!
Passional como um olhar de 1999, talvez!
Eu perdi a verificação, o compilador entreguei
Com os mesmos erros de sintaxe, o peito em fluxo
De Theads e inexplicáveis pontos flutuantes!
Tudo que vivi era um Deus, até outros anos.

E para o deslumbre, para o tempo encapsulado,
Guardo retalhos de palavras, de vesgos versos,
Na fria marcação da existência...

Tudo que vivi, entre promessas que se perdem
Como uma cidade que desolada
É uma ponte de lembranças intercambiáveis...

Mas se estive, dentro de tudo, e permanentemente
Em teu corpo de palavras
Meramente lírico
Talvez parcialmente absorto do mundo
Entre a esfera da memória
Quero te dizer que estive espalhando pétalas
E pegadas na estrada
Mapeando o teu cheiro
Na triste avenida.

Thymochenko